top of page

" O Robalo [que descansou] na praia" _ Gastro_Book Figueira da Foz #2

Leveza e mar são as palavras que definem este prato, que passa do inverno à primavera-verão em questão de segundos. Da inspiração relembrei a areia, o mar, e todo o rochedo da maré baixa desde que o marégrafo se ergue quase lado a lado com as muralhas que se ergueram em tempos e que agora descansam com a paisagem e a força do sol em plena costa de prata.

Adormecido também é este robalo. Adormecido em assafrão e nata de leite e selado em bago de mostarda preta num manto de massada do caldo au tomate coeur d'u boeuf fresquissimo e local. Para a robustez necessária ao equilíbrio mineral sendo um prato de maresia bringiram-se as couves de bruxelas, e em lascas se suaram com aromáticos nórdicos e selvagens. Já no contexto de frescura e textura complementar, encontro na pêra williams um sabor inegualável, uma textura semelhante à nossa pêra rocha, mas não tão saturada, tão doce, mas sim cítrica que se funde maravilhosamente com este peixe tão local.

Para o toque final de carinho, refresco o peixe em "Beurre Blanc" à base de Espumante Bruto Meio Seco de uma cave de excelência na região.

A sensação que se identifica retrata-se num primeiro dia de verão, num bom dia antes do almoço, num sorriso "aos olhos" do nosso olfacto, e que dá vontade de ir dar um mergulho (mas cuidado com a digestão).

Figueira da Foz, Costa da Aveninda Dom João II Ph: Cristina Aguiar

Apoio: Diogo Santos Areias de Sabores, Restaurante no Complexo Oásis Casa do Sal, Salinas da Figueira da Foz


bottom of page